sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A vida que nunca quis...

...estou agora a viver.
Filhos na escola, até aí tudo bem.
Mas depois do almoço, o gajo (e este é o termo mais suave que me apetece chamar-lhe neste momento), sai e pronto.
E eu aqui fiquei, sozinha e com frio de permanente vigilância ao tempo porque a roupa que está estendida não se pode molhar mais, tal e qual o trapo de lavar o chão que se atira para o canto até à próxima lavagem.
Raios partam a vida doméstica! Muito respeito e admiro quem a tem e dela se orgulha... mas eu abomino.
Abomino com toda a minha alma.
Não fui talhada para isto, sinto-me lixo e a deprimência em pessoa.
Apetece-me fazer algo útil e valorizado. Valorizado por outros, mas valorizado essencialmente por mim.

4 comentários:

  1. É verdade que quando se está em casa e se faz a "lide" doméstica, raramente alguém dá valor. Mas, como disseste e bem, tens de te dar valor em primeiro lugar, caso contrário não te darão valor. Agarra-te às coisas boas que tens, hás pequenas coisas que tens. Já me senti assim, inútil, mas temos de dar a volta por cima. Sei que é fácil falar e o mais difícil é agir, mas tens de dar a volta por cima...

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  2. é dificil... ver sonhos desfeitos... o sentimento de inutilidade... mas há que viver um dia de cada vez... nem todos os dias podem ser maus... e nunca, podemos perder a esperança. Força!

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  3. Também estou numa situação parecida (há mais tempo) e também abomino o trabalho doméstico. Dediquei-me ao artesanato com reciclagem. Dá lucro? Não. Todos gostam? não. Mas gosto de o fazer. Há que encontrar uma saída

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  4. Olá, cheguei ao seu blog através de outro... não me lembro qual. Leio as suas palavras e penso no que está a sofrer ( li desde o último post até aqui). Acredito francamente que não seja fácil, passei por um situação parecida há um ano atrás, ainda não está nada totalmente claro, a vida continua mas é mesmo nas minhas filhas e na minha casa que me agarro e vou encontrar forças para um sorriso e vestir uma roupa gira. Ás vezes quase por obrigação (da minha filha mais velha) lá saio com um baton e um riscos nos olhos.
    Se as amigas da tua filha dizem que és bonita, pensa no quanto deves ser bonita aos olhos da tua filha. Um dia por outro poe um baton arranja-te, toma um banho de duas horas se achares que te faz bem,se não tens amigos agarra-te aos teus filhos ou familiares que te queiram bem, a tua irmã por exemplo (pareceu-me que te queria bem). No meu caso também não tenho emprego por isso o meu doutoramento é na minha casa e nas minhas filhas. Por elas vale tudo, mesmo tudo. Não penses que estou aqui a falar de cor, o ano que passou cortou-me o coração. Desejo que tudo te corra pelo melhor.
    O meu blog "homelivingfor" se quiseres falar encontra-me no instagram. beijinho

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