terça-feira, 5 de agosto de 2014

Crescer para os lados

Tenho estado a crescer para os lados a uma velocidade  ultra-sónica.
Era menina de 52 a 54 kilos... agora tenho 79.
Não consigo cruzar a perna, tenho os pés e tornozelos tão inchados que tenho que descer as escadas de marcha atrás para não dobrar a articulação.
Contínuo de baixa

Tenho tanta coisa para dizer

Mas não me apetece escrever

sábado, 28 de junho de 2014

Não aguento

As lágrimas caem como chuva em Janeiro invernoso. Tenho uma moto-enxada mas acabei de cavar uma pedaço de terra com a enxada manual. Alivia-me... ou isso ou dar cabeçadas na parede. Perco parcialmente os sentidos e caio quando há uma situação de tensão. Caí pelo fogão (aceso) abaixo e a única coisa com que alguém se preocupou foi que tinha partido o fogão. Eu fiquei ali caída, meio sentada meio escorregada pela parede. Quando sózinha me levantei não havia fogão nenhum partido e a sopa continuava a ferver.
Passei da neurologista para a psiquiatra. Mas eu já não sei o que presta e o que não presta. O que não presta sou eu. Esqueço-me das coisas. Não encontro o que guardei. Não suporto falarem em voz alta no entanto eu própria dou gritos. Por vezes até sózinha sinto uma pressão tão grande que tenho que emitir um som gritante
Estou desesperada. Só me apetece comprar, eu que era tão poupadinha. Passo pelas prateleiras á procura de alguma coisa que precise, sem saber o quê. Tenho tantos projectos manuais e não consigo terminar nada.
Só queria dormir e acordar apenas quando estivesse bem.

Não sei, não sei nada
Quando entrei na sala de espera da psiquiatra senti-me uma maluca no meio de outros malucos. Não queria estar ali. Estava envergonhada. Não sei onde isto vai parar.

Já não procuro emprego... já ando somente á procura do fim do túnel ...........se é que tem fim

segunda-feira, 9 de junho de 2014

De volta

Quase meio ano depois estou de volta... e tudo na mesma.
Continuo de baixa.
Falta de vontade para cuidar da casa, falta de paciência para a família, falta de paciência para tomar banho, para lavar loiça , em suma... falta de vontade para tudo.
A juntar há ainda umas chaticesitas no útero e uma anemia leucopenica ou qualquer coisa parecida.
Não tenho azura nem para procurar trabalho. Continuo sem conduzir, evito aglomerados de pessoas, só faço compras nos chineses e em supermercados porque aí mexo é vontade e não tenho de falar com ninguém.
O que me alegra são as 4 novelas que sigo e os dois caãzinhos que tenho, um em minha casa outro à da minha mãe.

Aproveitei uma cadeira de madeira com um pé partido e tenho um projecto para ela. depois de a desmanchar isolei o pedaço partido e bastava colar e depois aparafusar.
O problema é que esse pedacinho desapareceu. A falta que faz é apenas estética. Alguém sabe de algum material que eu posso modelar de forma a conseguir um pedaço igual ao perdido? Tipo gesso ou sei lá. Que depois de pintado não se notasse a diferença.
Queria escrever mais mas já não consigo desculpaam

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

11 dias bem

Tive um cãozinho cá em casa.
Lindo, doentinho, frágil ao principio.
Um cãozinho abandonado.
Eu era FAT (familia de acolhimento temporário), até que alguém quisesse adopta-lo.
Foi embora ontem depois de 11 dias em nossa casa.
Nunca tínhamos sido tão felizes.
Aquele Bichon Maltez a quem chama-mos Pipoca foi a alegria das nossas vidas.
Hoje voltou o meu mal-estar, a minha falta de paciência e a vontade de chorar.
Fiz o que sempre critiquei nas pessoas.
Andei com ele ao colo, dei-lhe beijinhos, fotografei-o até mais não.
Nunca pensei que fosse tão bom ter um amigo animal.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Cartas

Sempre e desde sempre vou diariamente ver a caixa do correio.
Adoro receber cartas e tenho saudade do tempo em que escrevia a tia, a prima, as amigas, o namorado... enfim toda a gente escrevia cartas.
Ainda mantenho essa lembrança ilusória quando caminho com a chave na mão mas... o mais que encontro são da luz,da água, do gás ou da Internet.
Não alinho nas facturas electrónicas para não perder este pequeno grande prazer.
Agora as que recebo com fartura são do Hospital.
A de hoje diz-me que estou inscrita na lista de pessoas para cirurgia e comprometem-se a "cirurgiarem-me" no tempo máximo de...    270 dias (9 meses). Não está mau... é o mesmo tempo da gestação humana.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

"A tua mãe é tão bonita"

E essa mãe sou eu.
A minha filha veio a correr a casa buscar um material da escola que tinha esquecido e com ela vieram duas colegas.
Miúdas de 12 anos.
Sempre desejei que a minha casa fosse o pólo de atracção dos amigos dos meus filhos mas... primeiro porque andava a trabalhar e nunca estava em casa... e agora porque... porque... porque não consigo ter a casa arrumada e em jeito de receber seja quem for.
Mas a minha menina tem o discernimento necessário ás circunstâncias, as três não passaram do jardim e eu é que fui  a casa buscar o necessário.
Disseram-lhe que eu sou bonita. Estou tão feliz.
Parece pouco mas para que está de baixa desde Outubro, depressiva e em risco de perder o útero... uma miúda de 12 anos que me vê pela primeira vez e em fato de treino... achar-me bonita. Faz-me sentir nas nuvens e dá-me alento. 
Ridículo eu sei.
Mas ser ridícula e feliz é muito bom!!

domingo, 26 de janeiro de 2014

Psiquiatra... crescer com a ideia que era o médico dos malucos não me deu problemas em consulta-lo.
Mas também não adiantou nada.
Até uma médica de clínica geral me disse que estava a tomar dois medicamentos incompatíveis. 
Fui à neurologista, a mesma do meu pai que tem alseimer. Mudou-me tudo. Gostei.
A família de casa  diz que estou mais calma e menos agressiva. Eu não sei... Vou trocar um psiquiatra em que "só" pago a taxa moderadora por um neurologista particular a 60 € por consulta?
Agora o que gosto de fazer é brincar comas pistas de automóveis e com os legos dos meus meninos quando eram mais pequenos. Os bonecos animados com pilhas e coisas do género.
Estarei a avariar de vez?
Vou tentar que a médica de família ou de de medicina interna me mande fazer um exame à cabeça.
Continuo de baixa mesmo já não tendo emprego. Emprego que não me deixa pena, que me fez não conseguir até agora conduzir. Que acabou comigo até cair mesmo. Raios partam o velho!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014